DERMATOSE - Causada pelo Cimento
O cimento, a massa de cimento ou concreto, quando em contato frequente com a pele de muitos trabalhadores da construção civil, pode:
Ressecar, irritar ou ferir as mãos, os pés ou qualquer local da pele onde a massa de cimento permanecer por certo tempo.
Produzir reações alérgicas, e isso depende do contato do cimento com essas partes do corpo.
1. Se as mãos ou os pés de um trabalhador da construção civil estiverem feridos ou irritados após contato com o cimento, ele deve fazer o seguinte:
Procurar o serviço médico da empresa.
Caso esse serviço não exista, o trabalhador deverá procurar o posto de saúde mais próximo de sua casa ou de seu trabalho.
Nessa fase, deve evitar o contato com cimento até as mãos ou os pés melhorarem.
Será preciso usar luvas e/ou botas ao voltar ao trabalho.
Se for obrigado a trabalhar ou insistir em fazê-lo com as mãos ou os pés irritados ou feridos poderá piorar e até ficar alérgico ao cimento.
Se sofrer algum arranhão ou ferimento no serviço, deve procurar rapidamente pelo socorro médico. Antes disso, é preciso lavar bem o local ferido com água corrente e sabão ou sabonete, e desinfetar com água oxigenada.
A dermatose ocorrida no serviço é como se fosse acidente de trabalho.
Deve, pois, ser tratada pelos serviços médicos do SUS que atendem a esses casos.
Se isso acontecer, a empresa deverá emitir a Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT), a fim de assegurar o salário do trabalhador e o tratamento integral da dermatose gratuitamente.
2. Para proteger sua pele, siga estas recomendações:
Na preparação da massa de cimento use luvas e botas de borracha forradas internamente.
Não trabalhe descalço ou de sandália havaiana, ou de bermuda.
Se sua roupa estiver suja de massa ou calda de cimento ou concreto, troque-a logo que possível.
Deve-se evitar trabalhar de bermuda, o melhor é usar calça comprida.
Sempre que possível, quando trabalhar em contato com a massa de cimento, use luvas de borracha forradas.
Luvas ou botas rasgadas ou furadas são um perigo! Precisam ser trocadas imediatamente.
Se cair massa ou calda de cimento dentro da luva, é preciso retirá-la imediatamente e lavar as mãos e as luvas por dentro e por fora, deixe escorrer toda a água.
Se entrar massa ou calda de cimento pelos furos ou rasgos da bota, pode provocar dermatoses graves nos pés.
Se cair massa de cimento ou calda de concreto dentro da bota, o trabalhador deve retirar a bota e a meia imediatamente e lavar os locais atingidos.
Não deixe a calça úmida de calda do cimento em contato com a pele.
Nunca use o agitador sem proteção e sempre use óculos de segurança, luvas, botas e capacete.
Se cair concreto dentro da luva ou bota, deve-se lavá-los imediatamente, assim como as mãos e os pés. Isto evitará ferimentos e queimaduras pelo cimento.
Ao final do trabalho diário, os pés e as mãos devem ser muito bem lavados, para retirar restos de cimento que ficaram na pele e nas unhas.
Extraído da cartilha Dermatose profissional na Construção civil causada pelo cimento, publicação da FUNDACENTRO / MTE
Por que se deve investir em saúde e segurança no trabalho?
Algumas pessoas menos esclarecidas sobre o assunto procuram em determinadas circunstâncias, justificar de várias maneiras a ausência da segurança em algumas indústrias, ou o pouco interesse de outras para a prevenção de acidentes. No entanto, nada justifica tal omissão. Entre pessoas, algumas costumam afirmar: “ Sem acidentes ou com acidentes o trabalho é realizado”. Não importa quem diz isso ou pensa dessa maneira.
Trata-se de uma afirmação ou de um pensamento infeliz, embora não possa ser integralmente contestado. Realmente, o trabalho poderá ser executado mesmo que ocorram acidentes. Porém, nesses casos, jamais a sua realização poderá ser considerada satisfatória.A dor e a infelicidade de quem sofre ferimentos somam-se a muitos outros fatores danosos ao trabalho, tanto sob o aspecto técnico como econômico.
Isso nem sempre é percebido por quem não entende e não interpreta os acidentes do trabalho em toda a sua extensão e profundidade.
O que pode promover os acidentes de trabalho?
As condições inseguras e os atos inseguros são as causas básicas de acidentes no trabalho. Segundo este autor, condições inseguras e atos inseguros são:
Condições inseguras: equipamentos sem proteção, procedimentos arriscados em máquinas ou equipamentos, armazenamento inseguro, iluminação deficiente, ventilação imprópria, temperatura elevada ou baixa no local e condições físicas ou mecânicas inseguras que constituem zonas de perigo.
Atos inseguros: carregar materiais pesados de maneira inadequada, trabalhar em velocidades inseguras, utilizar esquemas de segurança que não funcionam, usar equipamento inseguro ou usá-lo inadequadamente, não usar procedimentos seguros, assumir posições inseguras, subir escadas ou degraus depressa, distrair, negligenciar, brincar, arriscar, correr, pular, saltar e abusar.É necessário a empresa ter um programa de saúde ocupacional?
A Lei Nº 24/94 instituiu o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional ? PCMSO. Através do PCMSO é exigido o exame médico préadmissional, o exame médico periódico. Os exames médicos são exigidos quando houver retorno ao trabalho, no caso de afastamento superior a 30 dias, e também quando ocorrer a mudança efetiva de função (deve ser feito antes de ocorrer a transferência). No caso de afastamento definitivo da empresa, deve-se exigir o exame médico demissional, nos 15 dias que antecedem o desligamento do funcionário.
O que é segurança no trabalho?
A segurança do trabalho é o conjunto de medidas técnicas, administrativas, educacionais, médicas e psicológicas, empregadas para prevenir acidentes, seja pela eliminação de condições inseguras do ambiente, seja pela instrução ou pelo convencimento das pessoas para a implementação de práticas preventivas.
Qual a relação entre higiene e segurança no trabalho?
A saúde e segurança dos empregados constituem uma das principais bases para a preservação da força de trabalho adequada. De modo genérico, higiene e segurança do trabalho constituem duas atividades intimamente relacionadas, no sentido de garantir condições pessoais e materiais de trabalho capazes de manter certo nível de saúde dos empregados.
Como diminuir os acidentes de trabalho?
Algumas medidas simples ajudariam a diminuir o número de acidentes, alguns exemplos são:
Sinalizar toda a empresa
Empregados novos, usar capacete de cor diferente
Uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) atuante
Campanhas de prevenção de acidentes
Kit de primeiros socorros
Realização periódica da Semana Interna de Acidentes no Trabalho (SIPAT)
Treinamento da brigada de incêndio
Revisar extintores
Treinamentos para prevenir acidentes
Apoio da direção e das chefias.
Como realizar a prevenção de acidentes ?
Prevenção de acidentes e administração de riscos ocupacionais relacionam-se com segurança do trabalho, sua finalidade e antecipar os riscos de acidentes e com isso minimizá-los. A prevenção de acidentes é a eliminação das condições inseguras e isso se dá através do mapeamento de áreas de riscos, uma análise profunda dos acidentes e apoio irrestrito da alta administração. A informação, o treinamento e a capacitação de todos os envolvidos no processo são elementos-chave para empreendimentos seguros e saudáveis, com produtividade e qualidade.
Acidentes no Brasil de 1970 a 2008
Devido ao trabalho realizado pelos órgãos fiscalizadores do Ministério do Trabalho, os cursos e campanhas realizadas pelas empresas e a entrada no mercado de trabalho de colaboradores mais conscientes dos riscos no ambiente laboral o número de Acidentes no Brasil foi reduzido.
Mas o desafio ainda é grande pois em 2008 foram contabilizados 747.663 acidentes, somando-se os Tipicos, Doenças, Trajeto e Óbitos.
O que você tem feito em seu ambiente de trabalho para a redução dos acidentes?
A que resultados tem chegado, a partir das Campanhas de Segurança? Poderia compartilhar conosco?
Relacione as ações de sucesso que podem ajudar a combater esse mal dentro das empresas.
O que é higiene do trabalho
Higiene do trabalho é um conjunto de normas e procedimentos que visa à proteção da integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente físico onde são executadas.
Quais são os objetivos da higiene no trabalho?
A higiene do trabalho tem caráter eminentemente preventivo, pois objetiva a saúde e o conforto do trabalhador, evitando que adoeça e se ausente provisória ou definitivamente do trabalho.
Os principais objetivos são:
Eliminação das causas das doenças profissionais;
Redução dos efeitos prejudiciais provocados pelo trabalho em pessoas doentes ou portadoras de defeitos físicos; Prevenção de agravamento de doenças e de lesões;
Manutenção da saúde dos trabalhadores e aumento da produtividade por meio de controle do ambiente de trabalho;
O que envolve a higiene no trabalho?
O programa de higiene no trabalho envolve:
Ambiente físico de trabalho: a iluminação, ventilação, temperatura e ruídos;
Ambiente psicológico: Os relacionamentos humanos agradáveis, tipos de atividade agradável e motivadora, estilo de gerência democrático e participativo e eliminação de possíveis fontes de estresse;
Aplicação de princípios de ergonomia: Máquinas e equipamentos adequados às características humanas, mesas e instalações ajustadas ao tamanho das pessoas e ferramentas que reduzam a necessidade de esforço físico humano;
Saúde ocupacional: Ausência de doenças por meio da assistência médica preventiva.
Saúde ocupacional: Ausência de doenças por meio da assistência médica preventiva.
Qual a relação entre higiene e segurança no trabalho?
A saúde e segurança dos empregados constituem uma das principais bases para a preservação da força de trabalho adequada. De modo genérico, higiene e segurança do trabalho constituem duas atividades intimamente relacionadas, no sentido de garantir condições pessoais e materiais de trabalho capazes de manter certo nível de saúde dos empregados.
Especialista em Segurança do Trabalho, sim senhor. Engenheiro em Segurança, não senhor.
"Não existe a graduação de Engenharia em Segurança do Trabalho no Brasil". A afirmação é do professor Paulo de Tarso. O docente, que por muitos anos trabalhou como assessor técnico do MEC e que hoje atua no Instituto Federal Tecnólogico da Paraíba, é um dos especialista mais importante na área de educação do MEC. O professor foi um dos palestrantes do 4º Congresso Nacional dos Técnicos em Segurança do Trabalho, promovido pela FENATEST, na capital paraibana. A declaração do professor reforça, portanto, que a expressão atualmente usada "Engenheiro em Segurança" não se aplica aos profissionais que se auto intitulam como Engenheiros em Segurança do Trabalho. Conforme Paulo de Tarso, Engenharia em Segurança é uma pós graduação e não uma graduação superior. De acordo com o docente, se o profissional é por exemplo um Engenheiro Civil e tem pós graduação em Segurança do Trabalho, a denominação correta a ser utilizada é Engenheiro Civil com especialização em Segurança do Trabalho e não a de Engenheiro em Segurança. "Só existe, atualmente no Brasil, um curso de formação superior na área de segurança do trabalho, a de Tecnólgo em Segurança no Trabalho, única reconhecida pelo MEC", disse Paulo de Tarso. Baseado nesta afirmação definida pelo MEC, várias entidades sindicais, que representa os Técnicos em Segurança do Trabalho, já estão entrando com ações no Ministério Público Federal do Trabalho para que seja obrigatório a especificação da especialização em segurança e não a forma generalista de engenheiro em segurança do trabalho, como ocorre até hoje.Segundo sindicalistas que estiveram participando do Congresso na Paraíba, já existe a obrigação do Engenheiro citar a pós graduação de segurança em programas e documentos relativos a segurança ocupacional. A carga horária do curso de especialização é de cerca de 600 horas, já a de técnico é de 2.200 horas, o curso de tecnólogo tem duração de 2 anos e meio. Conforme a Legislação, apenas o Engenheiro com Especialização em Segurança pode assinar Perícias Judiciais, Laudos Técnicos(médicos também assinam). Sindicalistas pediram para que os técnicos e tecnólogos passem a difundirem a expressão exata da engenharia do profissional, com sua respectiva pós graduação e não a de engenheiro em segurança.
Falta de sono prejudica o trabalho de 48% dos brasileiros.
Acordar pela manhã e ter a sensação de não ter dormido o suficiente para reiniciar a jornada de trabalho é mais comum do que se imagina. Uma recente pesquisa realizada com brasileiros mostrou que, a cada noite, um terço da população não descansa todas as horas que julga ser necessário. O problema tem reflexos imediatos na queda de rendimento e no maior risco de acidentes de trabalho.
Sono versus produtividade
Noites mal-dormidas estão influenciando negativamente a vida dos trabalhadores brasileiros. A constatação é de uma análise realizada com 875 pessoas em todo o país realizada pela Philips, em parceria com o Instituto Ipsos. Um total de 53% dos entrevistados revelou que a privação de sono atinge sua saúde mental e física, e 48% alegou que prejudica seu desempenho no emprego. O resultado mostrou que o problema tende a diminuir com a idade e atinge mais as mulheres do que os homens. Na comparação entre as regiões do Brasil e classes sociais, a população do Nordeste e de classe C são as que registram as melhores noites de sono.
Fatores
A professora titular do Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da USP, Frida Marina Fischer, alerta que entre as atividades mais expostas à privação de sono estão os profissionais do trânsito e aqueles que trabalham à noite ou em turnos. "Alguns motoristas de táxi, por exemplo, chegam a trabalhar 12 horas por dia e, por desenvolverem tarefas que exigem muita atenção, se não descansam o necessário, acabam dormindo ao volante e causando acidentes", afirma. Segundo a pesquisa da Philips e do Instituto Ipsos, as razões mais apontadas para as noites mal-dormidas foram: dormir tarde e acordar cedo, as preocupações e o estresse do dia a dia. Entre os 36% que relataram algum nível de estresse, a faixa etária mais atingida foi dos 16 aos 34 anos. As principais causas identificadas foram o medo da perda de emprego e questões financeiras.
Prevenção
A privação de sono provoca irritabilidade, prejudica a atenção, a coordenação motora, a imunidade, o tempo de reação, a memória e a capacidade de concentração, contribuindo para o maior risco de acidentes. "Substâncias como a melatonina aumentam a sonolência, enquanto que elevados níveis de cortisol fazem acordar. Quando não se dorme adequadamente, a liberação dessas substâncias é alterada", explica Frida. Respeitar o ritmo do organismo para evitar a sonolência excessiva e manter hábitos saudáveis são medidas indispensáveis para garantir a segurança e a qualidade de vida no trabalho. É importante que os profissionais tenham consciência de que, ao perceberem o problema, devem procurar a orientação de um especialista.
Fonte - Revista Proteção
Quando o empregado tem alergia ao EPI, o que fazer ?
Prezados Leitores,
Recebi questionamento a esse respeito. Consultei especialistas da área de segurança e a resposta que tive foi muita clara e objetiva, a qual concordo.
As Normas Regulamentadoras, PPRA, PCMSO e PCMAT, que são mecanismos de análise de riscos pelo exercício do trabalho, não preveem nenhuma exceção para que o empregado não use o Equipamento de Proteção Individual. Imagine um trabalhador que por problemas tais não possa usar o cinto de segurança em altura? A resposta que obtive e avalizo é que se o empregado for alérgico ao EPI deve se buscar uma forma de protegê-lo alternativamente, mas com laudo assinado por um Engenheiro de Segurança e homologado perante as autoridades competentes do Ministério do Trabalho. Caso não tenha jeito, cabe ao empregador trocá-lo de função, justificando, ou até mesmo rescindir o contrato de trabalho sem justa causa.
Sds Marcos Alencar
Jurídico / Trabalhista